As características tecnológicas das rochas são fortemente controladas pela sua mineralogia. Para o setor de rochas ornamentais, as matérias-primas podem ser tecnologicamente enfeixadas em três grandes grupos distintos: o das rochas silicáticas (granitos e similares), o das rochas carbonáticas (mármores, calcários, travertinos e similares) e o das rochas silicosas (quartzitos, quartzo, cherts, silexitos etc.).

As rochas silicáticas são aquelas formadas por proporções variáveis de minerais silicáticos (feldspatos, micas, anfibólios etc.) e silicosos (quartzo), ou apenas silicáticos, abrangendo os materiais comercialmente classificados ou identificados como granito, pegmatito (“feldspato”), xisto.

As rochas carbonáticas são aquelas formadas por proporções variáveis de calcita, dolomita e outros carbonatos, podendo conter subordinadamente minerais silicáticos e/ou silicosos. Este grupo de rochas inclui o que comercialmente se classifica como mármore, travertino, limestone (calcário) e ônix (mármore ônix).

As rochas silicosas são aquelas essencialmente formadas por quartzo e/ou sílica amorfa, com quantidades subordinadas de minerais silicáticos e/ou carbonáticos, abrangendo os materiais comercialmente classificados como quartzito, metaconglomerado e quartzo (o verdadeiro quartzo natural e não o produto composto artificialmente).

Os quadros de referência disponibilizados para rochas silicáticas, carbonáticas e silicosas ilustram as faixas de variação dos parâmetros tecnológicos que tipificam cada um desses grupos composicionais. O objetivo deste Guia Geral de Qualificação é evidenciar que algumas rochas podem ser mais adequadas que outras, até de seu próprio grupamento composicional, para diferentes ambientes de aplicação e solicitações físico-mecânicas a eles associadas. Sua aplicação depende do controle do maior número possível de informações tecnológicas de uma rocha que se pretende avaliar, visando compará-la aos padrões de referência do seu grupo composicional e ao de outras rochas cotejadas para um projeto.